Tetos máximos à demagogia
Enquanto jovem a iniciar a vida profissional e a tentar projetar um futuro estável, a questão da habitação surge como obstáculo central. Para a tão aclamada “geração mais bem preparada”, a possibilidade de adquirir habitação própria ou simplesmente sair de casa dos pais tornou-se uma meta cada vez mais distante. A frustração não nasce da falta de trabalho, mas da ausência de retorno. Quer seja por causa dos baixos salários, enorme esforço fiscal, ou até mesmo a preocupação com a pensão de velhice que podemos vir (ou não) a receber, mais são os motivos para sair do que os incentivos para ficar.
Recentemente, Mariana Mortágua voltou a dar como resposta para a crise da habitação o estabelecimento de um teto máximo de rendas. Talvez uma licenciatura, mestrado e doutoramento em Economia não tenham sido suficientes para que a líder do Bloco tenha o mínimo de conhecimento sobre as leis da oferta e da procura e o impacto que intervenções como esta têm no mercado. Até podíamos chamar-lhe ingenuidade…não........
© Observador
