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A Dignidade do Regime

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16.03.2025

A dignidade é o sustento e o ditame da mortalidade de qualquer entidade ou instituição, é o seu reconhecimento e a sua transversalidade a todos os setores de uma sociedade que viabilizam um trato distinto e um cuidado reforçado, não sendo a dignidade do regime político algo diferente.

A III República Portuguesa, ingressou numa nova fase da sua existência, uma que julgo salientar o processo de desacreditação e de subsequente perda de dignidade, a constância da ingovernabilidade.

O fenómeno da crise política, é em determinadas abordagens teóricas, consagrado com profunda naturalidade, pelo cenário alargado das dinâmicas políticas, desde o processo de atomização, com uma polarização crescente da representação parlamentar, transformando uma governação estável em algo de difícil alcance, ou outros fatores com enquadramento teórico lógico, no entanto, o cenário contemporâneo é muito mais complexo.

As recentes crises políticas portuguesas encontram as raízes do seu ser na ordem da imoralidade, da escassa retidão na condução política e na célere difusão por parte dos meios de comunicação social de informações, num registo e a uma velocidade, que transformam as possíveis justificações em declarações tardias. Toda esta dimensão, acrescida, pela presença de atores políticos com agendas profundamente populistas, transformaram as crises políticas em crises de regime, afetando a........

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