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O Reflexo do Ilusionismo Político

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Portugal caminha para eleições legislativas no dia 18 de maio, mas a maioria dos eleitores parece ainda não compreender totalmente as razões que nos trouxeram até aqui.

O discurso dominante resume-se a chavões: “o governo caiu”, “o primeiro-ministro detinha uma empresa”, “o país precisa de estabilidade” e “a oposição causou a queda do governo”. Mas será que a narrativa oficial reflete a realidade?

A verdade é que o executivo de Luís Montenegro não caiu, escolheu cair, era algo inevitável, mas a queda foi calculada, onde o próprio primeiro-ministro preferiu não assumir diretamente a responsabilidade, mas sim transferi-la para a oposição. O PSD apresentou uma moção de confiança, sabendo de antemão que seria reprovada pelo PS e pelo Chega. Ou seja, em vez de se demitir, Montenegro optou por um mecanismo que lhe permitiu sair do governo e, ao mesmo tempo, atribuir a culpa à oposição, construindo a ideia de que foi o PS e o Chega que definiram a queda do governo.

A questão da empresa de Luís Montenegro, alvo de críticas e insinuações, não é, por si só, um problema.........

© Observador