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Feriados, Factos e Fábulas

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No debate entre Mariana Mortágua e Rui Tavares, marcado por (muito) poucas divergências e um elevado teor de sedução política à esquerda, o que acabou por ditar o fait divers nas redes sociais foi a frase proferida pela líder bloquista que, de forma demasiado simplista, acolheu com entusiasmo a proposta de um novo feriado. No seu entender, este seria “mais um dia de salário sem trabalho”, que paradoxalmente se traduziria num aumento da produtividade.

As redes sociais encheram-se de críticas, primeiro colocando em causa o conteúdo e a credibilidade da formação académica de Mariana Mortágua, bem como os fundamentos da sua afirmação sobre produtividade. Como é habitual, Francisco Louçã não tardou a intervir nas redes, surgindo em defesa da sua discípula, através de um vídeo em que apelava à interpretação rigorosa dos factos.

Quem tem razão? Na minha opinião, nenhuma das partes. E a falta de razão não reside tanto no conteúdo, mas sim na forma como colocada. Um feriado adicional, por si só, não representa uma revolução na produtividade, nem será uma mais-valia significativa para alavancar o desempenho nos restantes dias úteis. Ainda assim, é consensual que o descanso e o lazer contribuem, sem dúvida, para a recuperação física e mental das exigências da vida pessoal e profissional.

Mas vamos por partes.

Francisco Louçã, na sua argumentação,........

© Observador