A avaliação dos exames e da falta deles
A recente crítica da FENPROF às provas finais de ciclo — acompanhada, como tem sido hábito, de uma greve durante o período das avaliações — merece reflexão. Os sindicatos têm-se oposto sistematicamente a estas provas, alegando que representam uma imposição burocrática que desorganiza as escolas e impõe uma pressão excessiva sobre alunos e professores. Embora o argumento da organização escolar possa ter fundamento, afirmar que as provas finais prejudicam os alunos é uma falácia desmentida por inúmeros estudos internacionais.
“A FENPROF, que sempre assumiu uma forte crítica às provas finais de ciclo, não pode deixar de condenar, mais até, a imposição destas provas adicionais, a meio do ano letivo, sobretudo pela forma como a administração educativa pretende levá-las a cabo” — lê-se na página do SPGL.
Desta vez, a greve incidirá sobre as provas ModA (Provas de Monitorização da Aprendizagem do ensino básico), que visam:
As greves em momentos cruciais de avaliação nacional não são novidade. Só em 2023, as paralisações convocadas pelos sindicatos afetaram as avaliações dos alunos do 2.º ao 12.º ano. Também a Avaliação do Desempenho Docente é impactada pelas greves. Muitos docentes rejeitam a avaliação universal e nacional, tanto dos alunos como de si próprios.
“Incertezas na escola pública provocadas pelas greves levam a que os encarregados de educação procurem respostas no ensino privado para o ano........
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