menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

Um país à beira de um ataque de nervos

7 1
26.05.2025

Então, acham que isto ainda é um país ou já é só um pedaço de terra onde um monte de pessoas quer atirar-se às goelas de outro monte de pessoas? Bom, sobre o transe coletivo da noite de 18 de maio. Porque é que lhe chamo transe? Porque, sinceramente, o transtorno de tristeza ou de alegria pelos resultados eleitorais pareceu alterar o estado de consciência de muita gente. E neste momento é mesmo preciso que a consciência não nos falte.

Uma pequena adenda sobre tudo isto — as redes sociais estão a matar-nos, tanto politicamente como humanamente. A rede social é uma terra de ninguém, onde não há leis (se as há, eu não vejo nenhumas). Ali, há difamação, crime de injúria e ameaças de morte todos os dias e adivinhem, fica tudo na mesma. Se há no mundo um lugar onde podemos agredir o outro de tal forma e sair impunes é porque chegámos a um ponto de não retorno gravíssimo. Sim, é verdade que toda a gente tem o direito de apresentar queixa, mas têm noção da quantidade de queixas que seriam apresentadas por segundo? Aí é que a justiça dava mesmo o badagaio.

Todos sabemos qual é, atualmente, a grande plataforma de divulgação dos partidos políticos — é o instagram. E o que é o instagram? Não é mais do que um catálogo de pessoas que não existem na realidade, é um lugar onde a imagem interessa mil vezes mais do que o conteúdo, onde a aparência move o sucesso e onde tudo o que demorar mais de 2 segundos a entrar-nos pelo cérebro vai ter pouca popularidade. Pois é, o mundo agora é isto, como é que queriam que fosse diferente na política? Fazemos publicidade a produtos de gaming e de........

© Observador