A desumanidade do sr. ministro
O estado1 só consegue fazer bem duas coisas. Uma é defender os seus cidadãos de ameaças2 externas. A outra é providenciar-lhes uma ordem justa3 e pacífica4 no interior5. Não é só um erro político, mas também algo de profundamente anti-humano, os poderes públicos agirem como se o estado conseguisse providenciar6 todas as nossas necessidades7 para além destas duas. Sejam as económicas, as culturais, ou de bem-estar.
A responsabilidade pela nossa prosperidade8, desenvolvimento intelectual e felicidade é totalmente nossa, e cabe a cada um de nós obtê-las com a ajuda dos que nos são próximos, familiares9 e amigos, colegas e vizinhos, no respeito pela dignidade dos outros e da ordem natural. Só a nós, sem nenhum apoio do estado? Exatamente. O único apoio de que precisamos do estado para sermos ricos & felizes é que garanta a paz nas ruas e a justiça nos contractos, e nos proteja de invasões externas.
E porque é que compete só a nós? Porque cada ser humano é único na sua personalidade e circunstâncias: cada qual tem as suas preferências e capacidades, bem como a racionalidade necessária para adequar umas às outras. Como dizia um philosofo antigo10:
“permanece, contudo, imutável aquele solene princípio da filosofia social: assim como é injusto........© Observador
