Com o Papa Francisco aprendi a amar o Papa
Nos primeiros vinte anos da minha vida o Papa era São João Paulo II. E se não pertenci à geração João Paulo II, fui educado na fé por ela. A minha infância e adolescência foram marcadas por pessoas para quem o encontro com o Papa polaco tinha sido decisivo para a sua fé. Já só tenho memória de São João Paulo II doente, mas sempre firme. A morte do Papa, depois daquela última aparição à janela da Praça de São Pedro, onde já nada havia de Karol Woytila, e só brilhava Cristo, ainda hoje me comove. A sua morte foi para mim um momento de enorme tristeza, mas sobretudo de orfandade. Amar o Papa era então algo absolutamente normal: como não amar um santo que falava, mas sobretudo, dava testemunho vivo de Cristo?
Passados os dezassete dias entre a morte do Papa (para mim nunca tinha havido outro) e a eleição do novo, dias de ânsia e algum temor, a grande alegria! Os cardeais tinham escolhido um “humilde trabalhador da vinha do Senhor”. O Cardeal Ratzinger, o grande teólogo de João Paulo II, era agora Bento XVI. E o pontificado do novo Papa, a mim que estava a entrar na idade adulta, marcou-me........
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