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Outro sismo? Sim, desta vez na Saúde Global 

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05.03.2025

Para compensar o isolacionismo norte-americano na área da saúde, os Estados-Membros da UE devem redobrar o seu compromisso na coordenação europeia a emergências sanitárias e ameaças à saúde pública.

Para além dos desafios que o nosso Serviço Nacional de Saúde enfrenta, o ano de 2025 iniciou com o que apenas pode ser descrito como um desastre natural a nível da Saúde Global. Tendo em conta os problemas que temos em território nacional, porque nos devemos interessar pelo que acontece além fronteiras?

Saída dos EUA da Organização Mundial de Saúde (OMS)

A notícia da saída dos EUA da OMS pode representar uma redução de cerca de 20% do seu orçamento operacional anual, comprometendo a sua ação humanitária, a sua gestão de emergências sanitárias e o seu trabalho no controlo de doenças infecciosas. Este anúncio nasce de uma narrativa populista que critica a OMS pela sua gestão da pandemia, pelas recomendações emitidas contrárias à visão não baseada em evidência de muitos norte-americanos e pela não responsabilização da China pela mesma (algo para o qual não temos provas definitivas). Em linha com este anúncio, consultores e investigadores de diversas instituições de saúde foram instruídos a suspender comunicações com entidades externas ou colaborações em relatórios internacionais, pendente revisão da Administração Trump. Por fim, importa alertar para a mensagem que até há poucas semanas se podia ler no site do Center for Diseases Control (CDC) – o equivalente científico norte-americano da Direção Geral da Saude (DGS) – “CDC’s website is being modified to comply with President Trump’s Executive Orders”.

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