Como é evidente, depois de assistir à cena em que deputados do Chega fazem pouco da deputada Ana Sofia Antunes e depois disparam insultos a vários elementos da bancada do PS, não fui o único a concluir que o Chega é o José Castelo Branco dos partidos políticos. De tão certeiro, o paralelismo é bizarro.

José Castelo Branco irrompe nos anos 80 como o travesti Tatiana Romanova, que participava em “espectáculos” e passagens de “modelos”. Mais tarde, começa a aparecer em revistas cor-de-rosa, apresentando-se então como galerista levemente andrógino, sempre vestido com espalhafato, como um Prince de Rio de Mouro. Causou impacto no paroquial jet set lisboeta, que tinha nas calças vermelhas que os homens usavam no T-Club da Quinta do Lago o máximo de exuberância admissível. Castelo Branco continuou o processo de auto-promoção e passou a ser um marchand de arte ainda mais espampanante. Exacerbando o aparato, casa em segundas núpcias com uma idosa americana supostamente milionária. Vestem-se a condizer e fazem plásticas a condizer. À medida que se torna sexualmente mais excêntrico,........

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