Liderança servidora: líderes e marketing pessoal
Nos últimos tempos muito se tem enfatizado e endeusado a “liderança servidora” — um conceito que propõe que o verdadeiro líder seja aquele que serve primeiro, coloca as necessidades dos outros à frente das suas e conduz as organizações com humildade, empatia e altruísmo. Perfeito. A ideia, popularizada por Robert Greenleaf nos anos 1970, é bonita, inspiradora e, à primeira vista, parece ser o caminho último para uma gestão mais humana e mais eficaz.
Mas será que, no mundo real, é possível praticar liderança servidora de forma plena? Ou estaremos diante de mais um conceito deslumbrante, muito embora impraticável nas organizações correntes? Sejamos honestos e vejamos:
Olhe-se a realidade inescapável dos números
As empresas são, antes de tudo, negócios. Devem gerar riqueza (só é possível distribuir riqueza quando ela é gerada o que, para uma boa maioria de pessoas, criar riqueza é um conceito absolutamente desconhecido – na teoria como na prática), pagar salários, aumentar salários, satisfazer investidores, sustentar operações. Um líder pode ser compassivo, mas nunca pode........
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