Regionalizar para racionalizar: desembaraçar o nó
A recente decisão do Parlamento de reverter a união de algumas das freguesias deveria trazer para ordem do dia a questão do ordenamento territorial e político que teria muito mais impacto que estas decisões ad hoc, difíceis de avaliar no sentido individual de cada uma, mas que facilmente se contestam no sentido que são o resultado de um grande emaranhado administrativo.
Portugal continental é um palco onde cada região parece vestir várias camadas de identidade regional como se estivesse num baile de máscaras administrativo interminável. Peguemos Grândola, que, não contente em pertencer apenas ao Baixo Alentejo, veste também as roupagens de Alentejo Litoral, Distrito de Setúbal e Concelho de Grândola. E não nos esqueçamos de Almada, que desfila pela passarela administrativa tanto como parte da Estremadura, do Distrito de Setúbal, da Área Metropolitana de Lisboa, quanto do Concelho de Almada.
As múltiplas identidades........
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