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Trump e o "reconhecimento em força" à Riviera

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11.02.2025

O Reconhecimento em Força é uma operação ofensiva que visa obter informações sobre pontos fracos do dispositivo inimigo, para imediata exploração. O seu potencial deve ser tal que obrigue o inimigo a reagir com tudo o que tem, revelando-se. Por vezes basta para desequilibrar o inimigo, como aconteceu em Bagdad, na segunda guerra do Iraque, quando um reconhecimento em força de um agrupamento blindado da 3ª Divisão de Infantaria, entrou pelas defesas como faca em manteiga.

Ao lançar para a mesa a sua inesperada proposta sobre Gaza, que implicaria uma radical mudança de paradigma na região, Trump está apenas a executar um “reconhecimento em força” de carácter político e estratégico.

As estupefactas reacções dos vizinhos, parceiros, aliados e inimigos, dão uma ideia bastante clara de quais os pontos a pressionar para acabar de uma vez com um status quo segundo o qual ONU, Irão, Turquia, Qatar, União Europeia, USA e outros andam há anos a ajudar um grupo terrorista condenando, neste esforço perverso, milhões de pessoas à morte, ao terror e a vidas miseráveis.

É matéria de facto que os biliões canalizados para a Faixa de Gaza serviram, não para promover a paz e criar uma vida próspera para os seus habitantes de Gaza (já é altura de acabar com a falácia de chamar “refugiados” a gente que sempre ali viveu), mas para fazer túneis, mísseis e bombas, explorar a população e aterrorizar os judeus.

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Quem detesta Trump comete o erro de interpretar literalmente o que ele diz, embora não o leve a sério e procure sobretudo ridicularizar e fazer chacota. Na inversa, quem o apoia, leva-o geralmente a sério, mas não faz uma interpretação literal das suas declarações. Já deveriam ter aprendido que Trump não é subsumível à caricatura simplista e hostil que a generalidade dos media nos........

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