Visitei o Parlamento Português
Já tinha estado no edifício do palácio de São Bento, em ações pontuais e quando era pequeno visitava-o com o meu pai, trabalhador da CML.
Mas queria ver por mim próprio, e pela primeira vez uma sessão plenária.
Uma sexta-feira de 2024, dia de plenário na Assembleia da República, estava em Palmela, e decidi visitar a casa da democracia.
Peguei no carro e rumei ao terminal fluvial do Montijo, no cais do Seixalinho.
Apanhei o navio num cais em condições miseráveis.
A chegada ao Cais do Sodré e o caminho pela 24 de julho foi surreal, uma imensidão de gente: janados, turistas, locais, imigrantes, bicicletas, trotinetas, sujidade, poluição, carros, obras por todo o lado, parecia um manicómio.
Os urbanitas que por ali andam são felizes como um ratinho na sua gaiola, sempre longe do presente, da realidade e da natureza.
Cheguei ao Parlamento, e na passagem pela segurança tudo deixei dentro de um saco de plástico. Restou-me a roupa do corpo e um documento de identificação com foto. Mas até esse tive que trocar por um identificador amarelo com um V gigante.
Com um dos elevadores avariado, a subida à sala da democracia fez-se por umas escadas de madeira sem fim, que desembocam num corredor magnífico.
Fiquei maravilhado com o hemiciclo, realmente a sala é magistral.
Só esta visão já valeu a........
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