As eleições antecipadas de 18 de Maio determinaram uma vitória significativa das forças políticas de direita, nomeadamente a AD, o Chega, e também a Iniciativa Liberal. À esquerda, é importante assinalar o crescimento de novas forças como o Livre e até o JPP. Será fácil reduzir os resultados eleitorais a duas mensagens: i) a vitória da direita e ii) o fim do bipartidarismo.

Mas há duas outras mensagens que têm de ser destacadas. A primeira é a de que os partidos que defendem um Estado socialista-comunista (PS, CDU e BE) tiveram uma derrota em toda a linha. Nesta próxima legislatura, representarão menos de 28% dos deputados, o que permite uma revisão constitucional que, entre outros, retire do seu preâmbulo a perigosa frase “abrir caminho para uma sociedade socialista”.

A segunda mensagem que deve ser destacada é uma queda, ainda que pequena, da representatividade das forças progressistas (considerando para este efeito PSD, PS, IL, Livre e PAN). O crescimento do Chega mais do que compensou a queda da CDU e do BE. Apesar do crescimento da IL e Livre, o Parlamento será nos próximos 4 anos menos progressista do que no último ano.

Neste contexto, realizar uma Revisão........

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