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Golfo da América

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28.01.2025

A vontade já antes manifestada por Trump e reafirmada no seu discurso de tomada de posse, a 20 de Janeiro, de que o grande golfo atlântico que vai da península da Flórida à do Iucatão deixe de se chamar Golfo do México para passar a designar-se por Golfo da América, insere-se no seu propósito — e no seu lema — de tornar o país novamente dominador (Make America Great Again). Trump não é um homem intelectualmente elaborado nem tem cuidados de diplomata, ainda que seja muito arguto, como é típico do bom homem de negócios, e os seus objectivos não são difíceis de perceber, nem as suas frases complicadas de interpretar. O que pretende com essa alteração da designação é assinalar que naquele espaço geográfico e à escala mundial, os Estados Unidos são dominantes e politicamente mais importantes — ou geograficamente mais extensos naquele golfo — do que o México. Não o seriam antes da anexação do Texas, mas desde meados do século XIX que assim é. Mais. Trump pretende, através de medidas deste género, promover o orgulho nacional e que ele seja repercutido nos mapas, ensinado nas escolas, referido nas conversas e relatórios, e por aí fora. No mesmo sentido anunciou, também, que mudaria o nome da montanha mais alta da América do Norte, de Monte Denali — nome que lhe foi atribuído nos tempos da administração de Barack Obama — para sua anterior designação: Monte McKinley. E porquê nova mudança? Pela mesmíssima razão da alteração do nome do golfo, isto é, para homenagear “a grandeza americana”. Trump não esconde que pretende elevar a posição dos EUA na cena mundial e declara que, com a sua chegada à Casa Branca, “o declínio da América acabou”.

Estes propósitos do novo........

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