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Umas eleições presidenciais estranhas

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07.06.2025

Há coisas muito estranhas nestas eleições presidenciais. São eleições entre políticos com passado de derrotados, com vidas políticas falhadas. A liderança de Marques Mendes do PSD foi um fracasso. Não conseguiu sequer chegar às eleições legislativas e foi derrotado em eleições internas por Luís Filipe Menezes. António José Seguro fez um percurso semelhante como líder do PS. Foi afastado da liderança do partido sem dó nem piedade por António Costa. Faltava surgir um terceiro derrotado, e apareceu agora com Rui Rio como mandatário político do Gouveia e Melo. Como líder do PSD, Rio foi um desastre total. Perdeu duas eleições para António Costa, a segunda com uma maioria absoluta socialista. A eleição presidencial será a eleição dos derrotados que querem ajustar contas com as suas biografias políticas.

A outra coisa estranha nesta eleição presidencial é a candidatura de Gouveia e Melo. Um candidato sem passado na política não seria um problema. Em democracia, a política é uma actividade aberta, onde podem e devem aparecer novos partidos e novas figuras políticas. O sistema democrático não pode ser um clube fechado onde não entram novos membros. Mas o lado mais estranho da candidatura de Gouveia e Melo não é a falta de passado político do candidato. O que mais inquieta é o passado político dos que o acompanham. Não........

© Observador