menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

Notícias de pescadores e histórias do clima

6 1
19.04.2025

“Estas novas descobertas são chocantes; as únicas partes da Europa que não estão a ser cozidas estão a ser levadas pelas inundações”
(Thomas Gelin, ativista da Greenpeace)

Uma notícia que não é novidade, até porque mês após mês a Comunicação Social bombardeava tudo e todos com o “mês mais quente desde…”: 2024 foi o ano mais quente registado. Algo que aliás decorreu exatamente como o esperado nas palavras de Carlos da Câmara ao Observador dado o efeito conjunto do El Niño e da tendência de aquecimento global a que chamamos Alterações Climáticas.

Com efeito, e por mais que se discutam os porquês das coisas – e há vários para discutir, como seja a parte do aquecimento que se deve à natural recuperação após um período frio como foi a Pequena Idade do Gelo da qual saímos em meados do séc. XIX, a parte a descontar por mudanças tecnológicas e procedimentais nas medições e estimativas para o globo, ou na fatia restante o peso dos Gases de Efeito de Estufa (GEE) face a outros fatores – a temperatura é mensurável, tem sido efetivamente medida e o registo de longo prazo é inequívoco: o clima terrestre tem aquecido!

Isto não é passível de opinião ou contra-argumentação, não é hipótese ou teoria, é um facto. Como factual é que uma mudança de clima – e elas têm sido muitas ao longo da história da vida na Terra – tem impactos sobre a biosfera e os seres vivos que a habitam,........

© Observador