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A paixão pela vida de João Paulo II

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13.04.2025

Foi em 25 de Março de 1995, há 30 anos, que o papa João Paulo II proclamou a encíclica Evangelium Vitae sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana. Este documento pontifício, condenando o aborto e a eutanásia, vinha enquadrado pela Veritatis Splendor e pela Fides et Ratio, constituindo uma tríade pedagógica para os católicos, para os cristãos e para todos os homens e mulheres de boa vontade. Tinha já um antecedente importante na Humanae Vitae, de Paulo VI, de 1967, em cuja redacção Karol Wojtyla, então bispo, participara.

O documento respondia a uma ofensiva dos centros do poder mundial contra a sociedade cristã. Nos Estados Unidos era o tempo da primeira Administração Clinton que, apesar da linguagem soft era empenhadamente pró-aborto. Assim, a legislação era permissiva e os militantes democratas, através de lobbies como o National Abortion and Reproductive Rights Action League (NARRAL), encarregaram-se de promover uma política de alargamento do aborto.

Logo em 1993, Pamela Moraldo, presidente da Planned Parenthood Federation of America, lançou uma campanha para incluir o aborto num pacote de medidas de saúde gratuitas para a população americana. Além disso, Bill Clinton nomeou para o Supremo Tribunal juízes apoiantesda liberalização, como Ruth Ginsburg, que em Junho de 1993 substituiu o juiz pró-vida Byron White. Ginsburg defendia que pôr limites ao aborto era uma forma inconstitucional de descriminação sexual. Em Maio de 1994 foi escolhido Stephen Bryer, outro defensor do alargamento dos “abortion rights”.

Além destas medidas domésticas, a Administração Clinton promoveu o aborto como método de controlo da população nos países em desenvolvimento – na América Latina e em África – e acabou com disposições das Administrações republicanas a favor da natalidade, como a norma que protegia aas chinesas que vinham para a América para escapar às medidas abortivas impostas pelos comunistas para controlo da população.

A ONU seguia uma política paralela, com medidas anti-família. Esta política da América progressista, nos anos posteriores ao........

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