Previsão – uma porta para o progresso
A luta política em Portugal é geralmente feita com base no presente, por vezes com base em acontecimentos e ideias do passado e raramente é baseada no debate de opções com vista ao futuro. Ora, como defendo há mais de há trinta anos, quando pela primeira vez li o livro “O Choque do Futuro” de Alan Toffler e iniciei na Marinha Grande a escrita das “Crónicas do Futuro”, onde tratei a aceleração da mudança no nosso tempo e a necessidade de os decisores políticos e empresariais saberem antecipar as transformações da sociedade e da economia. Não o fazendo, os dirigentes políticos e os empresários estarão sempre atrasados nas suas opções, repetindo soluções que o tempo tornou obsoletas. Infelizmente, é o que está a acontecer hoje entre nós.
Como exemplo, evoco a moção que há cerca de vinte e cinco anos apresentámos- eu, o arquitecto Pereira da Silva e o professor Carlos André – ao XII e XIII congressos do PS, onde antecipámos duas ideias a que o tempo deu razão. A primeira foi uma análise do que se passava na Irlanda, nomeadamente na economia irlandesa, chamando a atenção dos governos de António Guterres para a necessidade de assumirmos um modelo económico semelhante. Escrevemos então: “Ou seja, a........© Observador
