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IP - A falência da fiscalização da AR dos governos

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05.11.2024

A empresa pública IP há anos que se comporta como um estado dentro do Estado e a realização de uma Comissão de Inquérito é mais do que justificada, para se averiguar os prejuízos que a empresa está a causar ao País e para que os portugueses saibam que interesses estarão ali a serem defendidos, com grave prejuízo do interesse nacional e da economia portuguesa. Vejamos alguns dos factos:

1 Durante muitos anos e até ao fim dos governos de José Sócrates, a empresa defendeu que as ferrovias a construir de Lisboa ao Porto e de Lisboa a Madrid, seriam construídas em bitola UIC (standard europeu) como parte do Corredor Atlântico, decidido em conjunto com a Espanha e financiado pela União Europeia. Posteriormente, sob a governação do PS de António Costa, a mesma empresa passou a defender a manutenção da bitola ibérica, o que, como tenho escrito, é um erro de enorme gravidade que tornará Portugal uma ilha ferroviária na Europa, com as exportações portuguesas por via-férrea a ficarem dependentes da vizinha Espanha. Com a nota de que até 2050 será obrigatório transferir da estrada para o caminho de ferro e para as vias navegáveis 50% dos trajetos de mercadorias com mais de 300 km.

2 O actual vice-presidente da empresa, o engenheiro Carlos Fernandes foi durante a governação de José Sócrates administrador da Rave, onde lançou o concurso internacional para os estudos e construção do troço do Poceirão ao Caia em bitola europeia, de via dupla e para passageiros e mercadorias, concurso ganho com um orçamento negociado de 1200 milhões de euros, incluindo 130 milhões para os estudos, pelo consórcio ELOS. Depois, o........

© Observador


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