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Por razões ainda por apurar

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21.04.2025

A 12 de Abril, um jovem foi esfaqueado mortalmente em Braga. A idade da vítima, 19 anos, e as circunstâncias em que sua morte se deu — segundo testemunhas, o jovem terá tentado evitar que um grupo colocasse droga nas bebidas de umas raparigas — explicam a comoção surgida em torno do acontecido na noite de 12 de Abril num bar dito académico. Entre jornalistas, comentadores e apresentadores que habitualmente ignoram tantos outros casos de agressão, não só a vítima do esfaqueamento de Braga teve direito a sair do anonimato — chamava-se Manuel de Oliveira Gonçalves — como rapidamente se tornou o “Manu”. Ao dia de hoje sabemos da multidão que esteve presente no seu funeral e quem é o suspeito do ter assassinado. Quem acompanhe o eco deste caso será levado a acreditar que em Portugal os esfaqueamentos são crimes excepcionais. Ora basta seguir o fio das notícias das últimas semanas para constatar que o acontecido em Braga apenas difere no desfecho mortal (e nem sempre) do que está a acontecer com uma regularidade pendular noutros locais do país. A maior diferença de facto é que a morte de Manuel de Oliveira Gonçalves tenha sido assunto.

Recuemos para o efeito ao início do mês de Abril e logo deparamos com duas notícias que reportam a casos acontecidos no final de Março mas que são noticiados dias depois da sua ocorrência. Uma dessas notícias dá conta de um esfaqueamento que tivera lugar a 30 de Março: Jovem esfaqueado em rixa entre dezenas de pessoas no Seixal. Uma rixa entre dezenas de pessoas, em Miratejo, Seixal, na noite de domingo, terminou com um jovem de 18 anos esfaqueado .A outra trata da prisão de dois jovens de 17 e 18 anos, por suspeita de roubo agravado com uso de arma branca e esfaqueamento de um aluno junto a uma escola no Restelo, em Lisboa.

Perante estas notícias, uma pessoa dá consigo a fazer perguntas absurdas: esta gente sai de casa já com facas para o que der e vier? Vai ali ao........

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