Um PS mais prudente, uma AD mais optimista
Os socialistas optam por políticas que aumentam a despesa pública para resolverem os problemas, a AD escolhe a redução da receita fiscal e apoia-se no sector privado. Assim se poderiam resumir os dois programas eleitorais. Os eleitores podem de facto escolher duas estratégias distintas no dia 18 de Maio, uma mais de centro-esquerda, outra mais de centro-direita, uma com menos Estado, outra com pelo menos o mesmo Estado.
O caminho que a AD escolhe para resolver os problemas do país apoia-se fundamentalmente no sector privado, enquanto o PS escolhe mais a via do Estado, através da despesa pública. Um, a AD, promete menos impostos – exatamente porque pretende também envolver menos a despesa pública nas soluções dos problemas -, o outro, o PS, é mais comedido na redução de impostos, o que é consistente com a sua escolha de centrar no Estado a solução de problemas como a Saúde e a Habitação.
Colocando de parte a discussão de quanto custam as promessas de cada um dos programas, os dois acabam por assumir compromissos com impacto orçamental. A AD por via da redução da receita, o PS através de um reforço da despesa. Vejamos alguns exemplos nos principais problemas que o país enfrenta neste momento, como a Habitação e a Saúde.
Na Habitação, as duas principais promessas dos socialistas são o apoio à renda e o reforço do parque habitacional público com financiamento da CGD – que, se for por via dos lucros, significa menos dividendos para o Estado. A AD propõe parcerias público-privadas e construção para a arrendar, apoiando-se basicamente no sector privado. Na Saúde, os socialistas prometem o reforço do SNS, o PSD/CDS, mais uma vez, aposta no sector........
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