Neste momento todos os cenários são possíveis. Com o resultado das regionais da Madeira, o dia 18 de Maio pode até produzir uma maioria estável com a AD e a Iniciativa Liberal. Mas também pode ganhar o PS sem maioria de esquerda, ou a AD com o actual equilíbrio de forças e a decisão de manter o Chega isolado. Estes últimos dois cenários prometem pelo menos mais ano e meio de instabilidade política, com elevada probabilidade de novas eleições em 2026. E são estes cenários que nos colocam maiores desafios na frente económica e financeira.

Num cenário de instabilidade, a economia e as finanças públicas vão ter de ser suficientemente resistentes para aguentar mais de dois anos em que o Estado é usado como ferramenta de curtíssimo prazo para conquistar o poder. Em contrapartida, uma solução solidamente estável, reduzindo os riscos, a prazo, para a economia e as finanças públicas, vai traduzir-se numa política de ‘stop’ depois do ‘go’ destes últimos meses de Luís Montenegro na governação.

Se somarmos a isso os desafios que se estão a colocar a nível global, com a possibilidade de aumento da inflação e abrandamento da economia, se entrarmos num processo de tarifas mútuas, e com a inevitabilidade de se gastar........

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