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Trump, um guia de destruição

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09.04.2025

Não há um economista que consiga construir um raciocínio lógico para o que Donald Trump está a fazer, primeiro ao seu país, os Estados Unidos, e depois ao mundo. O objetivo, assim o diz e retirando as tiradas dramáticas, é corrigir o défice externo norte-americano. E para isso usa uma ferramenta, as tarifas, que são impostos sobre os norte-americanos e simultaneamente uma arma de destruição da actividade económica dos Estados Unidos e do mundo. Assim está Donald Trump a destruir a potência imperial que conhecíamos e que, alguns, admirávamos.

O resto do mundo, se for inteligente, vai conseguir viver sem os Estados Unidos no comércio internacional e até, no caso europeu, na defesa. Levará algum tempo, mas esperemos que todos estejam já a trabalhar nisso. Porque mesmo que Trump recue, mesmo que venha outro Presidente com outras ideias, os Estados Unidos já se auto-infligiram danos que podem ser irrecuperáveis para a credibilidade e a confiança que o mundo lhes dava, e que tantos negócios lhes abria. E a China já percebeu isso, quando se anuncia como um país previsível.

Aquilo a que se está a assistir no mercado de capitais revela já sintomas preocupantes que nos podem estar a indicar tempos ainda piores. Já não são apenas as acções que estão a descer ou o petróleo, é também o ouro e os títulos de dívida pública, os activos onde todos se refugiam em momento de instabilidade. E isso, como bem se explica

© Observador