As crises inimigas da economia
Dificilmente esta crise, desencadeada pela falta de bom senso do primeiro-ministro, poderia ser evitada sem a convocação de eleições. É talvez a crise que os protagonistas partidários menos desejaram, mas é sem dúvida a mais inevitável das três que vivemos, a de 2021 com o chumbo do Orçamento para 2022, a de 2023 com a demissão de António Costa e agora esta de Março de 2025 na sequência da rejeição da moção de confiança apresentada pelo governo de Luís Montenegro. Olhando para trás vemos que as duas anteriores foram fruto de precipitações, quer pelo Presidente da República, quer pelo então primeiro-ministro António Costa. Esta crise dificilmente se conseguia resolver de outra forma, face ao caso em si, mas também, e especialmente, pelo grau de radicalização a que se assistiu nas relações entre os dois principais partidos do regime.
Chegados aqui, estamos em instabilidade política desde finais de 2021, são três anos e meio que as novas eleições prometem não resolver. Face aos cenários que se perspetivam, estas eleições, já marcadas para 18 de Maio, serão apenas a ante-câmara para uma nova crise que, com elevada probabilidade,........
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