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Luso-israelitas e ministro Paulo Rangel em Israel

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12.02.2025

A visita do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, a Israel ocorreu num contexto especial. Treze cidadãos portugueses foram assassinados em 7 de outubro de 2023, cinco foram libertados dos túneis aterrorizantes e quatro ainda aguardam por uma sorte semelhante.

O dia mais alegre do calendário judaico – a festa de Simchá Torá, que coincidiu com aquele fatídico Shabat – transformou-se num pesadelo para o povo judeu em geral. A matança indiscriminada, o esquartejamento e o sequestro de judeus de todas as idades foi mais um capítulo de perseguições antijudaicas que se estenderam por séculos em regiões tão diversas quanto Alexandria, Odessa, Sevilha e Lisboa.

A tragédia de 7 de outubro demonstrou que duas centenas de reféns possuíam outras nacionalidades para além da israelita, todos em condições muito semelhantes às previstas na legislação nacional. A nacionalidade portuguesa, um dia concedida àqueles cujos nomes serão mencionados ao longo deste texto – vivos, mortos ou feridos –, resultou da “devolução de um direito” nas palavras de Paula Teixeira da Cruz, Ministra da Justiça em 2015. Esse direito foi conferido aos judeus com “tradição de pertença a comunidades sefarditas de origem portuguesa”, os quais, por lei, não estavam obrigados a residir em Portugal, tal como ocorre desde 1981 com os outros membros de comunidades de origem portuguesa.

Os nomes e as origens familiares das vítimas do Hamas com origem portuguesa, abaixo recordados, têm por intuito que os mesmos jamais sejam considerados como portugueses de “segunda classe”.

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Os reféns cativos – Ariel Cunio, de 28 anos, preso em Gaza, é cidadão português, de família sefardita turca de Esmirna, com registros na “Kahal Kadosh Portugal” e na instituição “Dotar as Órfãs” nos séculos XVII e XVIII. Na mesma situação de desespero, mas ainda sem a conclusão de seu processo de obtenção da nacionalidade, estão Omer Shem Tov (cujo pai, Malki, é cidadão português), de uma........

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