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Ensino Superior e Ciência nas Legislativas de 2025

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08.05.2025

Todos, todos, todos”, a exortação ecoa como proclamação de universalidade, erigindo neste caso a educação superior em direito civilizacional. Todavia, a aritmética orçamental prossegue a lógica do “poucochinho”: quanto mais enfática a promessa, mais ínfimo o compromisso financeiro. Os partidos com representação parlamentar (AD‑PSD/CDS, PS, IL, BE, PCP, CHEGA, Livre, PAN), que disputam as Legislativas de 18 de maio de 2025, apresentam, nos seus programas eleitorais, propostas para o ensino superior, a ciência e a investigação que cabem, quase sempre, no espaço de uma nota de rodapé. A ciência, motor silencioso de qualquer soberania, permanece na penumbra dos programas. Ortega y Gasset lembrava que “eu sou eu e a minha circunstância”; a circunstância portuguesa de 2025 é escolher entre o prolongamento da mediania ou um salto qualitativo que só o investimento consistente em conhecimento pode garantir. O debate eleitoral ainda vai a tempo de substituir proclamações por compromissos vinculativos e de transformar o “todos” em verbo de ação.

A AD apresenta um discurso de gestão, propondo “definir modelo de financiamento para os CTeSP” e “aproximar o investimento em I&D dos 3%”. Contudo, as vinte medidas emblemáticas mostram vazio........

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