O silêncio que separa (V)
Este é o quinto episódio referente à história de José, um pai alienado, cujo percurso temos vindo a acompanhar em artigos anteriores aqui publicados: “O dia em que deixei de ver a minha filha (I)” (15 de agosto de 2025), “Cada dia que passa, sinto mais ódio (II)” (22 de agosto de 2025), “Nove anos e meio de afastamento da filha Maria (III)” (29 de agosto de 2025) e “Ciclos de crise e instabilidade emocional (IV)” (05 de setembro de 2025).
Damos agora continuidade a um relato de José que ilustra, de forma clara, os efeitos da alienação parental na vida de um pai. Este episódio retrata um dos momentos mais marcantes da sua vida, a saída de casa da sua filha Maria, da mãe e da avó materna, sem qualquer aviso. O acontecimento gerou surpresa, desorientação e sentimentos de perda de controlo no pai, como ele nos recordou: “Algumas semanas se passaram e um dia, em 21 de Abril de 2016, deparo-me, logo de manhã, com a ausência das três (a minha filha, a avó materna e a mãe), faltando roupas nos armários e outros artigos pessoais, nomeadamente computadores, não havendo qualquer nota que justificasse a saída de casa”.
Do ponto de vista psicológico, esta rutura inesperada representou uma quebra abrupta na dinâmica familiar. Para o pai, o episódio traduziu-se em surpresa e........
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