Profissão: activista
“Activista” ou “activismo” é uma palavra que veio para ficar. Basta abrirmos os jornais diários ou semanários, alguns dos programas de informação ou de debate, para volta e meia lermos ou ouvirmos as opiniões do colunista ou do comentador que se afirma como “activista”.
Os temas-alvo (ou causas, como gostam de apelidar) dos activistas andam sempre à roda dos mesmos assuntos ou causas: a defesa do ambiente contra o desastre climático, o combate ao racismo ou colonialismo, bem como a recusa do heteropatriarcado, o movimento da identidade de género, e por aí adiante.
Vemos também alguns subtipos das “causas” acima referidas a serem defendidas pelos profissionais do activismo, alguns dos quais bastante caricatos, tais como o protesto contra a cozedura dos caracóis (já com histórico desde pelo menos 2015) ou o a luta contra a gordofobia. Enfim, existe toda uma panóplia de possibilidades e invenções mentais para que cada um de nós possa renascer como “activista”, dentro da sua caixinha tribal e revolucionária.
Sob a capa da defesa do que é “justo” ou “correcto”, e assumindo-se como herdeiros de causas como sucedeu com o Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos, o activismo pretende mudar o mundo por forma a que cada qual possa ver reconhecida a sua razão, sem discussão, debate, confronto ideológico ou intelectual. Atenta........
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