Solidão tão doce
Penso no dilema clássico lançado por Nietzsche: na solidão, o solitário devora-se; na multidão, devoram-no. Agora escolhe.
A resposta podia ter sido dada pelo poeta Joan Margarit, num dos seus poemas:
Mas a solidão é que é sempre considerada um castigo
Assusta tanta gente.
E, no entanto, o monstro está na multidão
Joan Margarit, em Animal de Bosque (ed. língua morta)
A que se referia quando escreveu “o monstro”? Talvez ao que nos leva para longe de nós e nos........
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