Eu gosto de ter a culpa
É uma frase que quem me conhece já ouviu algumas vezes.
Sempre que sou confrontado com um problema ou com uma dificuldade, a primeira coisa que faço é procurar onde está a minha responsabilidade sobre aquilo que aconteceu, de forma a compreender de que maneira posso actuar no sentido de resolver a situação.
Na maioria das vezes em que assisto a uma situação idêntica, em que outra pessoa é confrontada com um qualquer contratempo, a sua primeira reacção é, quase sempre, explicar de que forma a culpa desse acontecimento não lhe pode ser atribuída.
Pode ser por comodismo, por receio das consequências ou por qualquer outra razão mas, a atitude de não assumir a responsabilidade sobre o problema apenas nos reduz a capacidade de o resolver.
Se eu tiver a culpa posso sempre mudar e se não tiver a culpa nada poderei fazer.
Mas a sociedade europeia do pós guerra, com todos os méritos com que foi capaz de se levantar das cinzas para criar este mundo em que........
© Observador
