A Vida, a Morte e o que fazemos entre elas.
Recentemente, presenciei um acontecimento que me marcou e levou a refletir sobre a fragilidade da vida e a efemeridade das nossas relações humanas. Um senhor, que acabara de sair de um carro, começou a sentir-se mal. A situação gerou uma mobilização imediata: todos os presentes pararam e prestaram atenção enquanto se tentava ajudá-lo. Mais tarde, vim a saber que o homem sofreu uma paragem cardiorrespiratória. Apesar de todos os esforços realizados no momento, o senhor acabou por falecer ali, perante todos.
Perante situações como esta, é inevitável sentir uma profunda impotência. O desejo de fazer algo mais, de conseguir alterar o desfecho, choca-se com a realidade dos nossos próprios limites. É um sentimento avassalador que nos obriga a encarar o quão pouco controlo temos sobre a vida, especialmente quando ela nos escapa de forma tão súbita. Esta sensação de vulnerabilidade confronta-nos com a nossa própria condição humana.
Contudo, o que........
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