É curioso notar como, entre as décadas de 1960 e 1970, o mundo da computação sofreu uma revolução que nos levou de grandes mainframes centralizados, como os da então famosa IBM, a modelos de hardware portáteis e acessíveis, apoiados por software cada vez mais ágil. Num curto período, esse salto tecnológico deixou de ser exclusividade de grandes corporações e passou a fazer parte do quotidiano de milhões de pessoas. Hoje, estamos no limiar de uma nova transformação que promete ser ainda mais profunda: a convergência entre modelos de Inteligência Artificial de grande escala, robôs humanoides e softwares especializados, capazes de levar as possibilidades de automação e interação para patamares nunca vistos.

À medida que os chamados grandes modelos de linguagem (LLMs) e os multimodais se tornam mais sofisticados, a capacidade de entender e interpretar diferentes formatos de dados – texto, imagem, som – expande-se de forma notável. Essa evolução cria o cenário ideal para desenvolver soluções altamente especializadas que possam tanto auxiliar quanto substituir tarefas humanas em inúmeras áreas. Da educação à medicina, da engenharia à mecânica, vive-se hoje um momento em que a distância entre o que as máquinas podem fazer de maneira autónoma e o que ainda é exclusivo da perícia humana fica cada vez mais curta.

No campo do hardware, a robótica humanoide dá mostras de um avanço notável, com protótipos capazes de interagir de forma surpreendentemente natural. Esses robôs imitam expressões, utilizam recursos de voz abastecidos por modelos de linguagem avançados e podem ser programados para........

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