A recente confirmação da saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, prevista para 26 de janeiro de 2026, coloca em causa o equilíbrio alcançado entre grandes blocos económicos no âmbito das políticas climáticas e comerciais. Até agora, os EUA, por estarem sob a égide do Acordo de Paris, eram considerados um parceiro de baixo risco no que toca às exigências ambientais e de sustentabilidade da União Europeia, facilitando a circulação de bens e produtos norte-americanos no mercado europeu. Com a futura exclusão do país das disposições daquele tratado internacional, os EUA passarão a ser classificados como país de “risco elevado” em setores que vão desde os intensivos em emissões de carbono (como petróleo, gás, aço e minérios) até ao ramo agropecuário (milho, soja, carne, entre outros). Essa mudança implicará a aplicação de novas taxas aduaneiras à entrada destes produtos na Europa, em virtude de regulamentos como o CBAM (ajuste de carbono nas fronteiras) e o........

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