Sun Tzu, no seu clássico A Arte da Guerra, ensinava que o verdadeiro triunfo nasce muito antes de uma única espada ser erguida, pois tudo depende de informação, conhecimento do adversário e capacidade de adaptação estratégica. O domínio dos pontos fortes e fracos, dizia ele, é a chave para vencer uma batalha antes mesmo de ela começar. Hoje, num mundo em que linhas de código, algoritmos e fluxos de dados se tornaram as novas trincheiras, as lições de Sun Tzu revelam-se ainda mais urgentes: a preparação, o acesso à informação e o controlo de narrativas valem muito mais do que os arsenais convencionais.

É neste contexto que a disputa comercial entre os Estados Unidos e a China, antes vista como uma troca de tarifas, assume proporções inimagináveis. Se outrora as frentes de combate estavam visíveis nas alfândegas ou nos navios cargueiros, agora as verdadeiras batalhas são travadas nos servidores, nas redes sociais e nas plataformas digitais que moldam a nossa perceção do real. Tal como Sun Tzu advertia, quem controla a informação controla o rumo da guerra — e, na arena global contemporânea, o vencedor não é quem detém mais armamento, mas quem domina os sistemas e as infraestruturas digitais que suportam a sociedade.

Estamos a testemunhar a emergência de um mundo novo, tecido por linhas de código e impulsionado por algoritmos, mas ainda preso às velhas disputas de poder entre nações. Quando a administração Trump impõe tarifas sobre o aço chinês........

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