Jamor: entre a memória e a mediocridade
O Estádio Nacional do Jamor, palco de memórias gloriosas e inesquecíveis finais da Taça de Portugal, é um dos mais emblemáticos estádios do futebol português. Inaugurado em 1944, foi sonhado como um estádio ao estilo clássico europeu, inserido num vale verdejante, único na sua beleza natural e história desportiva. Porém, com o passar das décadas, o que outrora foi um símbolo de modernidade e orgulho nacional estagnou no tempo. E é neste contexto que surge a recente proposta de requalificação, apresentada pela Câmara Municipal de Oeiras, liderada por Isaltino Morais, com apoio das federações desportivas e do Instituto Português do Desporto e Juventude.
A intenção de intervir no Jamor é, sem dúvida, bem-vinda e necessária. Porém, a ambição do projeto fica muito aquém das expectativas criadas. O investimento previsto ronda os 25 milhões de euros, e contempla melhorias como uma pala parcial sobre a bancada central, um parque de estacionamento subterrâneo, substituição das casas de banho provisórias por instalações definitivas e algumas melhorias de acessibilidade. Tudo isto, embora meritório, revela uma visão limitada para aquilo que o Estádio Nacional poderia e deveria ser.
Num tempo em que os grandes estádios do mundo são infraestruturas multifuncionais, tecnologicamente avançadas, e sustentáveis, o projeto para o Jamor aparece como um........
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