Diversidade sim, ideologia não
As políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) tornaram-se, na última década, bandeiras centrais na gestão de recursos humanos. A intenção é louvável: corrigir desigualdades históricas e promover ambientes mais justos. Mas o regresso de Donald Trump à presidência dos EUA, acompanhado pela sua decisão de abolir todas as iniciativas DEI a nível federal, reacendeu um debate necessário: terão estas políticas ido longe demais?
A ordem executiva de Trump teve efeitos imediatos. Empresas com contratos públicos suspenderam formações, reviram políticas internas, e em estados como a Florida e o Texas, legislações estaduais restringiram os programas de diversidade nas universidades. A polémica transbordou para o setor privado. Google, Meta e Target, entre outras, recuaram em iniciativas DEI, temendo danos reputacionais ou acusações de discriminação inversa.
O caso da Amazon nos últimos anos tornou-se emblemático: ao treinar........
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