Em homenagem ao boxeur George Foreman — há dias desaparecido –, e recordando o mágico combate entre ele e Mohamed Ali em 1974, em Kinshasa, apeteceu-me escolher para esta prosa um título que me parece espelhar grosso modo a palpitante situação que agora se vive na Turquia: Erdogan e Imamoglu são, afinal, as duas figuras cimeiras no ringue da política interna turca.

E se acrescentei a indicação de Istambul, tal fica-se a dever ao facto dessa cidade ser, do ponto de vista já expresso publicamente pelos dois antagonistas em distintas ocasiões, o trampolim por excelência para se atingir a Presidência da República: essa convicção, aliás, materializou-se através da assunção, por ambos, das funções de seu autarca.

Recep Tayib Erdogan mostra hoje – diferentemente da fase inicial da sua presidência em Ankara, em que parecia inclinado a uma governação de contornos próximos aos perfilhados pelo mundo ocidental — e europeu em particular –, uma imagem de homem autoritário e defensor de uma........

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