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Retrato de uma nova eleição

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11.04.2025

Dia onze de março o chumbo da moção de confiança apresentada pelo executivo de Luís Montenegro precipitou o país, novamente, para eleições quando o Primeiro-Ministro governava há pouco menos de um ano, e com uma maioria relativa muito frágil no parlamento. A AD, coligação formada pelo PSD, CDS e PPM, apresentara-se na campanha de 2024 com uma promessa de mudança ao país. Os ventos de mudança não sopravam fortes, pelas barreiras impostas num parlamento composto por uma oposição maioritária; pelas crises estruturantes em áreas tão fundamentais como a saúde, educação ou habitação, que só serão resolvidas com reformas de fundo, que necessitam não só de tempo, como de consensos alargados (cada vez mais difíceis de atingir), que permitam a sua viabilidade. Para além disso, o governo enfrentou uma oposição cerrada feita pelos media, que foi muito para além do mero, mas fundamental, escrutínio público. Ainda assim, sentia-se uma pequena brisa de mudança, uma........

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