No intestino, como na vida: a diversidade
A caminho das férias, no carro com a família, olho pela janela e vejo quilómetros de eucaliptos plantados, todos iguais, como peças de um dominó gigante. Um cenário repetitivo, que mostra bem como falta aqui a verdadeira natureza. E pensar que, se a deixássemos seguir o seu curso, a natureza nos oferecia um espetáculo bem mais colorido! Não é preciso ir até à Amazónia para ver biodiversidade a sério. Uma visita ao Parque Nacional da Peneda-Gerês, na Primavera, basta para perceber isso. Ali, a serra é um mundo à parte: carvalhos de várias espécies, matagais cheios de tojos e urzes – cada um com o seu papel neste ecossistema tão rico e equilibrado.
A floresta que vive dentro de nós
Tal como nas florestas cheias de vida que temos em Portugal, também o nosso intestino é casa de uma comunidade vibrante: biliões de microrganismos que vivem em paz (esperemos nós!) connosco. São bactérias, vírus, fungos, e parasitas – todos a fazer parte desta “floresta” microscópica. Estes micróbios colonizam o nosso intestino logo que nascemos e continuam a fazê-lo ao longo da nossa vida – através do que comemos, das pessoas e animais com quem convivemos e até do ambiente à nossa volta. Mas atenção: tal como uma floresta pode perder o equilíbrio, também........
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