A diferença? É simples. Passar a vida a acusar os empresários do sector do alojamento local de serem especuladores imobiliários e ser-se, ao mesmo tempo, empresário do sector do alojamento local, é um conflito de interesses – e um particularmente hipócrita. Ser-se secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território e criar-se empresas quando já se está em funções e a tomar decisões sobre o sector em que essas empresas vão actuar, é um conflito de interesses – descarado. Mas fazer-se parte dum governo que, entre 1001 outras coisas, algures noutro ministério ou secretaria de Estado toma medidas sobre a habitação e ter-se, ou ter tido em tempos, qualquer espécie de interesse imobiliário, não é um conflito de interesses. Ou então, precisamos de voltar à Constituição para definir que, das duas, uma: ou os governos estão constitucionalmente impedidos de tomar medidas sobre a habitação ou os governantes de alguma vez poderem vender ou arrendar uma casa. Uma espécie de celibato imobiliário: os padres não........

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