Ei-los novamente, os Rankings das Escolas 2024 foram publicados e, como habitualmente acontece, começaram as declarações públicas entre os que os defendem e os que nem querem ouvir falar deles.

Ao longo dos próximos dias as opiniões serão diversificadas, mas a tendência de conclusão direta entre qual o melhor ensino, se o público ou o privado, será constante.

Analisando os Rankings de 2024, podemos claramente observar que nas primeiras posições continuam a predominar as escolas privadas. Assunto encerrado, as escolas privadas são melhores que as públicas. Acabou-se a discussão.

Só que não podemos reduzir a análise a apenas uma variável, a média. Se olharmos para os dados mais detalhados disponibilizados, por exemplo pelo Observador, percebemos que existem escolas públicas em meios desfavoráveis que conseguem resultados notáveis quando considerado o seu contexto socioeconómico.

Algumas perguntas surgem perante estes dados:

Será que colégios privados bem posicionados não querem analisar criticamente o contexto privilegiado que lhes permite obter tais resultados?

Qual a possibilidade de os professores de escolas públicas em contextos desafiantes terem desenvolvido um trabalho de excelência com os seus alunos?

Claro está, estamos perante a análise não redutora dos dados que nos são disponibilizados e com eles devemos partir para o próximo conjunto de perguntas.

Qual o modelo de organização e liderança que é adotado pelas escolas públicas em meios desfavoráveis que melhores resultados obtiveram nos Rankings?

De que maneira esses modelos podem ser adotados pelas outras escolas públicas?

Parece-me relevante acrescentar a informação de que as escolas públicas que conseguem........

© Observador