Trump, o Virtuoso
Nos últimos dias não têm faltado imagens de imigrantes ilegais ou com cadastro criminal a ser deportados dos EUA. Os sujeitos em causa estão algemados e acorrentados nos pés, e são enfiados em aviões que os devolvem, suponho, aos países de origem. As imagens mexem com as emoções de indivíduos sugestionáveis, que destacam a crueldade do exercício e concluem que o exercício prova, como se fosse preciso provar, que Trump é mau, que Trump é “fascista”, que Trump é, claro, igual a Hitler.
É engraçado notar que o mesmo se verificava antes de Trump, excepto as indignações e as comparações a Hitler. Com George W. Bush pelo meio, os últimos três presidentes democratas, Clinton, Obama e, digamos, Biden, foram pródigos em deportações, mais pródigos do que Trump no primeiro mandato. E tratou-se de deportações realizadas com protocolos de segurança iguaizinhos: algemas, correntes, etc. À época, a situação não pareceu preocupar nadinha a maioria das almas sensíveis que agora se revoltam com a extrema crueldade de Trump. Porquê?
Porque essa gente não se preocupa nadinha com os deportados e as condições da deportação. Essa gente preocupa-se exclusivamente em coleccionar pretextos para condenar Trump, e para isso qualquer pretexto serve – ainda que atropele a coerência e revele uma espectacular hipocrisia. Se Obama ou Biden diziam “Bom dia!” (e no caso de Biden........
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