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Um temporal na banheira

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23.03.2025

O histerismo das redes sociais foi, há muito, transposto para o dia-a-dia e torna-se difícil ter alguma sanidade mental com tanto barulho à volta. Se na semana passada era o caso da empresa familiar de Luís Montenegro que abriu, e bem, todos os telejornais, rapidamente se passou para o mau tempo, fazendo-se intermináveis diretos. Percebo que um país que não está muito familiarizado com tempestades dê muita importância aos Martinhos da vida. Mas uma coisa é dar conta que há estradas cortadas, devido à queda de árvores ou de inundações, e isso é serviço público, outra é ir para o Ribatejo questionar os habitantes locais se não estão preocupados que os rios transbordem e ‘fertilizem’ as suas terras. Vi várias reportagens em que jovens jornalistas insistiam e insistiam se as pessoas não estavam preocupadas com a subida do nível das águas, e as pessoas repetiam até à exaustão que é o melhor que pode acontecer às lezírias, pois se os rios não ‘deitarem’ por fora as terras não ficam tão férteis. Mas nada disso servia, pois os repórteres queriam ouvir uma choradeira. Que raios, noticiar histórias felizes também dá audiências, suponho…

Outro dado muito curioso é que poucos questionaram as famosas........

© Jornal SOL