JAS: o defensor máximo da liberdade
Olá, vi o seu telefonema e amanhã ligarei. Abraço». O relógio marcava 23h42, e no dia seguinte, sábado passado, devolveu-me a chamada. Foi seguramente a nossa conversa mais emotiva, nós que fomos amigos 39 anos, e que nos continuávamos a tratar por você. Quando nos conhecemos, em 1986, nos corredores do terceiro andar do número 37 da Duque de Palmela, em Lisboa, o José António Saraiva era, aparentemente, um homem austero e sisudo e eu um miúdo de 20 anos que me sentava na cadeira do senhor Soares, enquanto esperava por algum serviço de estafeta. Recordo-me que um dia me viu a ler a sua crónica e me perguntou o que eu achava da mesma. A partir dessa data, muitos foram os textos que passaram pelas minhas mãos, para lhe dar a minha opinião, indignando a redação do vetusto Expresso que não percebia como um diretor mostrava a um estafeta a sua crónica antes de a publicar. «Eu gosto de ouvir a opinião de quem........
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