Eu Show Luís Neves
Na história recente de Portugal, há dois nomes que sobressaem pela sua ânsia de protagonismo: Américo Aguiar, cardeal, e bispo de Setúbal, que teve um grande desgosto por não ter sido nomeado patriarca de Lisboa, e que não perde uma oportunidade para aparecer. Seja na tribuna presidencial do FC Porto, então ao lado de Pinto da Costa, seja no congresso do PCP ou nas televisões onde tem um espaço de comentário; e Luís Neves, diretor-nacional da Polícia Judiciária, que vai no seu terceiro mandato à frente da PJ, e que não se importou de esperar cinco meses para ser reconduzido na última vez.
Olhando para as últimas semanas, e para não puxarmos muito o filme atrás, o diretor-nacional da PJ fez do vice-secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI) uma não existência, aquando da conferência de imprensa da fuga dos cinco prisioneiros de Vale dos Judeus, e, neste caso, até se percebe, pois o SSI estava verdadeiramente abandonado.
Mas o que dizer das sucessivas conferências de imprensa que Luís Neves dá a propósito de tudo e de nada? Há uma apreensão de cocaína, possibilitada por polícias internacionais, que comunicam onde os traficantes estão, o diretor da PJ pede ajuda à Marinha e à Força Aérea, e como os militares não podem prender traficantes, entram em ação os........
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