Adeus Miguel Arruda
A política portuguesa é, como sabemos, uma verdadeira caixinha de surpresas, muitas delas deprimentes. E são cada vez mais os avisos de que esta trágico comédia irá contribuir para afastar gente competente que não quer ver o seu nome na lama, injusta ou justamente. O nível que o Parlamento atingiu, com algumas figuras bizarras como o deputado Miguel Arruda, não augura nada de bom. Ninguém gosta de ser conotado com a ilustre flor do entulho e a Assembleia da República não é, atualmente, um bom cartão de visita. Se aliarmos ao nível dos políticos o nível da maioria dos comentadores, percebemos que vivemos num autêntico circo, em que os participantes procuram ganhar protagonismo fazendo números alarves.
Esquecendo a novela da moção de confiança e o fim da Legislatura, com eleições anunciadas para maio, não deixa de ser curioso como os temas que estavam em cima da mesa, como que por artes mágicas, desapareceram da agenda política. O caso mais emblemático é o das Presidenciais que, apesar de se realizarem depois das eleições autárquicas, abria telejornais com muita frequência, mas depois da anunciada queda do Governo,........
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