A verdade da mentira
O polémico ‘adiamento’ governamental dos festejos do 25 de Abril serviram na perfeição para a oposição se agarrar ao tema, sabendo que o mesmo não tinha qualquer importância – ou será que um concerto pimba de Tony Carreira na residência oficial do primeiro-ministro simboliza a festa da liberdade? Mas a gafe do ministro Leitão Amaro, que não soube explicar a tempo que os festejos tradicionais não sofriam qualquer contratempo, fez com que os antifascistas surgissem debaixo das pedras e se agigantassem contra os ditadores que querem acabar com a democracia. Para completar o ramalhete, uma vintena de energúmenos trogloditas de extrema-direita foi para a Baixa fazer das suas agredindo alguns dos presentes, entre os quais polícias.
Este foi o retrato que muitos fizeram, optando por ‘esconder’ outros que aconteceram no 25 de Abril. Em primeiro lugar, não percebo a facilidade com que muitos apelidam uns de fascistas e outros de antifascistas: miúdos de cara tapada com símbolos da Palestina são antifascistas onde? Miúdos que gritam ‘Moedas, cabrão, a tua casa vai virar ocupação’ são antifascistas onde? Não faltam........
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