menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

Na morte do Papa

9 23
23.04.2025

Como católico apostólico romano tenho o dever ético e moral de aceitar a escolha de Deus para Seu primeiro representante na Terra, sem questionar a autoridade do eleito.

Esta obrigação não me vincula, naturalmente, a concordar com todas as suas decisões nem a me rever na sua personalidade, mas tão só a obedecer às suas orientações eclesiásticas, ainda que, eventualmente, discordando de algumas delas.

Tive a benção de ser contemporâneo de dois dos maiores Príncipes da Igreja, os Santos Padres João Paulo II e Bento XVI, com cujos pontificados, orientados para a primazia da Fé cristã, sempre me identifiquei.

Navegando um pouco contra a corrente dominante, que nos tempos de hoje se move sempre no sentido do politicamente correcto, sou forçado a confessar que nunca me senti verdadeiramente próximo do Papa que agora nos deixou, reconhecendo, no entanto, o seu incansável apelo pela paz, em particular indo ao encontro dos povos mais atormentados pela insensatez humana, bem como todos os seus constantes esforços na procura da reparação das injustiças sociais, este, muito provavelmente, o seu maior mérito.

Mas de um Papa espera-se, sobretudo, a defesa intransigente do catolicismo, sem qualquer tipo de cedência aos interesses obscuros empenhados em destruir a Igreja por dentro, e, também, ouvir sempre a sua voz........

© Jornal SOL